Le Cuisinier.

Entre panelas, pratos, vinhos e temperos, junto ao fogo, acontece a cocção de palavras e idéias aromáticas. As receitas podem ser concretas ou abstratas... vai depender do que vai em cada um, do que constrói cada um, do desejar de cada um. É um lugar livre, de integração, mas também da possibilidade de divergir do que está posto no mundo. Todos são bem vindos! LE CUISINIER.

quinta-feira, março 29, 2007

Círculo de Amor!

África e seus povos diversos, maravilhosos e lindos ainda nos são desconhecidos.
Nos é uma cegueira conveniente não?
Le Cuisinier.

terça-feira, março 27, 2007

A Cozinha.

‘Na cozinha era diferente: a gente era a gentemesmo, fogo, fome e alegria’ ‘O lugar mais importante da casa revelao lugar preferido da alma’ Qual é o lugar mais importante da sua casa? Eu acho que essa é uma boa pergunta para início de uma sessão de psicanálise. Porque quando a gente revela qual é o lugar mais importante da casa, a gente revela também o lugar preferido da alma. Nas Minas Gerais onde nasci o lugar mais importante era a cozinha. Não era o mais chique e nem o mais arrumado. Lugar chique e arrumado era a sala de visitas, com bibelôs, retratos ovais nas paredes, espelhos e tapetes no chão. Na sala de visitas as crianças se comportavam bem, era só sorrisos e todos usavam máscaras. Na cozinha era diferente: a gente era a gente mesmo, fogo, fome e alegria. "Seria tão bom, como já foi...", diz a Adélia. A alma mineira vive de saudade. Tenho saudade do que já foi, as velhas cozinhas de Minas, com seus fogões de lenha, cascas de laranja secas, penduradas, para acender o fogo, bule de café sobre a chapa, lenha crepitando no fogo, o cheiro bom da fumaça, rostos vermelhos. Minha alma tem saudades dessas cozinhas antigas... Fogo de fogão de lenha é diferente de todos os demais fogos. Veja o fogo de uma vela acesa sobre uma mesa. É fogo fácil. Basta encostar um fósforo aceso no pavio da vela para que ela se acenda. Não é preciso nem arte nem ciência. Até uma criança sabe. Só precisa um cuidado: deixar fechadas as janelas para que um vento súbito não apague a chama. O fogo do fogão é outra coisa... Bachelard notou a diferença: "A vela queima só. Não precisa de auxílio. A chama solitária tem uma personalidade onírica diferente da do fogo na lareira. O homem, diante de um fogo prolixo pode ajudar a lenha a queimar, coloca uma acha suplementar no tempo devido. O homem que sabe se aquecer mantém uma atitude de Prometeu. Daí seu orgulho de atiçador perfeito.." Fogo de lareira é igual ao fogo do fogão de lenha. Antigamente não havia lareiras em nossas casas. O que havia era o fogo do fogão de lenha que era, a um tempo, fogo de lareira e fogo de cozinhar. As pessoas da cidade, que só conhecem a chama dos fogões a gás, ignoram a arte que está por detrás de um fogão de lenha aceso. Se os paus grossos, os paus finos e os gravetos não forem colocados de forma certa, o fogo não pega. Isso exige ciência. E depois de aceso o fogo é preciso estar atento. É preciso colocar a acha suplementar, do tamanho certo, no lugar certo. Quem acende o fogo do fogão de lenha tem de ser também um atiçador. O fogão de lenha nos faz voltar "às residências de outrora, as residências abandonadas mas que são, em nossos devaneios, fielmente habitadas" (Bachelard). Exupery, no tempo em que os pilotos só podiam se orientar pelos fogos dos céus e os fogos da terra, conta de sua emoção solitária no céu escuro, ao vislumbrar, no meio da escuridão da terra, pequenas luzes: em algum lugar o fogo estava aceso e pessoas se aqueciam ao seu redor. Acho que foi Levy-Strauss quem disse que o homem surgiu quando a primeira canção foi cantada. Mas eu imagino que a primeira canção foi cantada ao redor do fogo, todos juntos se aquecendo do frio e se protegendo contra as feras. Antes da canção, o fogo. Um fogo aceso é um sacramento de comunhão solitária. Solitária porque a chama que crepita no fogão desperta sonhos que são só nossos. Mas os sonhos solitários se tornam comunhão quando se aquece e come. Nas casas de Minas a cozinha ficava no fim da casa. Ficava no fim não por ser menos importante mas para ser protegida da presença de intrusos. Cozinha era intimidade. E também para ficar mais próxima do outro lugar de sonhos, a horta-jardim. Pois os jardins ficavam atrás. Lá estavam os manacás, o jasmim do imperador, as jabuticabeiras, laranjeiras e hortaliças. Era fácil sair da cozinha para colher xuxus, quiabo, abobrinhas, salsa, cebolinha, tomatinhos vermelhos, hortelã e, nas noites frias, folhas de laranjeira para fazer chá. Ah! Como a arquitetura seria diferente se os arquitetos conhecessem também os mistérios da alma! Se Niemeyer tivesse feito terapia, Brasília seria outra. Brasília é arquitetura de arquitetos sem alma. Se eu fosse arquiteto, minhas casas seriam planejadas em torno da cozinha. Das coisas boas que encontrei nos Estados Unidos nos tempos em que lá vivi estava o jeito de fazer as casas: a sala de estar, a sala de jantar, os livros, a escrivaninha, o aparelho de som, o jardim, todos integrados num enorme espaço integrado na cozinha. Todos podiam participar do ritual de cozinhar, enquanto ouviam música e conversavam. O ato de cozinhar, assim, era parte da convivência de família e amigos, e não apenas o ato de comer. Eu acho que nosso costume de fazer cozinhas isoladas do resto da casa é uma reminiscência dos tempos em que elas eram lugar de cozinheiras negras escravas, enquanto as sinhás e sinhazinhas se dedicavam, em lugares mais limpos, a atividades próprias de dondocas como o ponto de cruz, o frivolité, o crivo, a pintura e a música. Se alguém me dissesse, arquiteto, que o seu desejo era uma cozinha funcional e prática, eu imediatamente compreenderia que nossos sonhos não combinavam, delicadamente me despediria e lhes passaria o cartão de visitas de um arquiteto sem memórias de cozinhas de Minas. As cozinhas de fogão de lenha não resistiram ao fascínio do progresso. As donas de casa, em Minas, por medo de serem consideradas pobres, dotaram suas casas de modernas cozinhas funcionais, onde o limpíssimo e apagado fogão a gás tomou o lugar do velho fogão de lenha. As cozinhas, agora, são extensões da sala de visitas. Mas isto é só para enganar. A alma delas continua a morar nas cozinhas velhas, agora transferidas para o quintal, onde a vida é como sempre foi. Lá é tão bom, porque é como já foi. Eu gostaria de ser muitas coisas que não tive tempo e competência para ser. A vida é curta e as artes são muitas. Gostaria de ser pianista, jardineiro, artista de ferro e vidro; talvez monge. E gostaria de ter sido um cozinheiro. Babette. Tita. Meu pai adorava cozinhar. Eu me lembro dele preparando os peixes, cuidadosamente puxando a linha que percorre o corpo dos papa-terras, curimbas, para que não ficassem com gosto de terra. E me lembro do seu rosto iluminado ao trazer para a mesa o peixe assado no forno. No espaço em que agora está o meu restaurante Dali, muito antes de imaginar que algum dia eu seria dono de restaurante, eu reunia casais de amigos uma vez por mês para cozinhar. Não os convidava para jantar. Convidava para cozinhar. A festa começava cedo, lá pelas seis da tarde. E todos se punham a trabalhar, descascando cebola, cortando tomates, preparando as carnes. Dizia Guimarães Rosa: "a coisa não está nem na partida e nem na chegada, mas na travessia." Comer é a chegada. Passa rápido. Mas a travessia é longa. Era na travessia que estava o nosso maior prazer. A gente ia cozinhando, bebericando, beliscando petiscos, rindo, conversando. Ao final, lá pelas onze, a gente comia. Naqueles tempos o que já tinha sido voltava a ser. A gente era feliz. Aquele tempo passou. Virei dono de restaurante, o que não é a mesma coisa. Mas bem que eu gostaria que fosse. Existe até um dia em que, no Dali, quem quer cozinhar, pode. O cliente vai para a cozinha e ajudado pela equipe da casa, cozinha para os seus amigos. Estou pensando que eu mesmo, num dia qualquer, serei o cozinheiro. Não sei direito o que vou cozinhar, porque minha especialidade não são pratos finos. É a sopa. Vaca atolada, sopa de fubá, sopa de coentro... Você já ouviu falar em sopa de coentro? É sopa de portugueses pobres, deliciosa, com muito azeite e pão torrado. A sopa desce quente e, chegando no estômago, confirma. Qualquer dia desses, se vocês chegarem no Dali, é possível que me vejam de avental e com chapéu de "chef", preparando sopa de coentro. E até lhes darei a receita... Mas não se enganem. Estarei apenas realizando o sonho ancestral, o sonho da Adélia: "Seria tão bom, como já foi..."
Rubem Alves.
Postado por Cozinhando Palavras.

segunda-feira, março 26, 2007

Website Counter

sexta-feira, março 16, 2007

Música Para Cozinhar.

Oda al tomate Pablo Neruda Aqui magistralmente interpretada por Jorge Drexler no CD Eco2.

La calle se llenó de tomates.
Mediodía, verano,
la luz se parte en dos mitades de tomate,
corre por las calles el jugo.
En diciembre se desata el tomate,
invade las cocinas,
entra por los almuerzos,
se sienta reposado en los aparadores,
entre los vasos, las mantequilleras, los saleros azules.
Tiene luz propia, majestad benigna.
Debemos, por desgracia, asesinarlo:
se hunde el cuchillo en su pulpa viviente.
Es una roja víscera, un sol fresco, profundo, inagotable.
Llena las ensaladas de Chile,
se casa alegremente con la clara cebolla,
y para celebrarlo se deja caer aceite,
hijo esencial del olivo,
sobre sus hemisferios entreabiertos.
Agrega la pimienta su fragancia,
la sal su magnetismo:
son las bodas del día.
El perejil levanta banderines,
las papas hierven vigorosamente,
el asado golpea con su aroma en la puerta,
es hora! vamos!
Y sobre la mesa, en la cintura del verano,
el tomate, astro de tierra,
estrella repetida y fecunda,
nos muestra sus circunvoluciones, sus canales,
la insigne plenitud y la abundancia sin hueso,
sin coraza, sin escamas ni espinas.
Nos entrega el regalo de su color fogoso
y la totalidad de su frescura.

quinta-feira, março 15, 2007

The Secret Garden.

Para Você Sica Com Carinho.

No Silêncio, Consumo a Mim Mesmo.

Ontem na universidade encontrei uma amiga que há tempos não via. Durante a conversa ela perguntou-me por que eu ainda era um ermitão. Depois refez a pergunta por e-mail. Ela ainda tem a imagem do cara que andava só, com livros e canecas de café sentado em algum canto do campus, ou que se exilava no lugar mais quieto da biblioteca central. Ela não disse nenhuma mentira pois eu era realmente assim. Mas as coisas mudaram, minha vida mudou nos últimos seis anos vivendo nesse meio acadêmico e entre as minhas elaborações do mundo e da vida. E uma das mudanças mais significativas foi que, entre livros, cafés, seminários e aulas, conheci a mulher que de forma simples, me fez desviar o olhar do chão e apontá-lo para as estrêlas.
De qualquer maneira, a resposta que dei saiu "meio" dura demais; seca demais; talvez boba demais; certamente pessimista além do que sou. Mas foi a que saiu e foi a que melhor traduziu o meu estado de espírito depois de assistir "Pro Dia Nascer Feliz" ontem no Museu da República.

Não vi o nascer do sol hoje!

Oi Querida Amiga,
Não assumi o papel de ermitão não, mas às vezes gostaria de sê-lo ardentemente, de fato, em uma mata ou caverna qualquer. Realizar uma auto exclusão desse mundo que se apresenta cada vez mais inadequado aos meus olhos e ao meu coração. Isso não quer dizer, de modo algum, que eu seja ou me sinta melhor ou pior que as pessoas (e efetivamente não sou), mas percebo que mais do que uma globalização econômica está havendo uma globalização das pessoas pelo que há de mais superficial e inumano nas culturas ocidentais sobretudo. Uma globalização pelo 'consumo' de coisas, de gentes, de mentes e de si mesmo. Para o que nos foi "dada" a vida afinal? Para que estudamos e 'aprendemos' tanto? Por que e para quem acumulamos bens e saberes em números cada vez maiores se a meia dúzia de passos miúdos temos crianças de 4 anos, pequenos brasileirinhos, cheirando cola na esquina ou dormindo nas saídas de ar quente na calçada do Shopping da Gávea sob olhares engessados? O que fazemos e o que faremos nesse país que acompanha maravilhado o BBB 7; deliciando-se com meia dúzia de beócios egoístas egocêntricos trancados numa casa de luxo, classificados de "heróis" pelo Pedro Bial e que, para expulsarmos um ou outro, fazemos duzentos milhões de ligações telefônicas, mas não realizamos uma ligação sequer para doar a si mesmo e algumas horas de nossas vidas inúteis a algum orfanato repleto de negrinhos que ninguém quer?
Não assumi um papel de ermitão embora eu já seja um. Isolado em mim mesmo e aprisionado pelos meus pensamentos e desejos irrealizáveis nesse mundo transformado numa Disneyworld para uns, em um deserto para outros e numa Biafra para bilhões. Talvez eu já seja a resultante da universalização da burrice e da mesmice, das reflexões rasas e baratas, do lixo industrial humano produzido pelo capital volátil e impessoal. Um ermitão cibernético, sem digital, sem morada, sem destino, sem sentido, mas com um cartão de crédito na mão... silenciosamente, consumo a mim mesmo enquanto vejo aumentar a minha aversão de estar nesse mundo ruidoso e super "populacionado". Le Cuisinier. quinttal@yahoo.com.br "Pro Dia Nascer Feliz".

quarta-feira, março 14, 2007

As Bocas Nas Tetas do Estado.

Preparem as suas tetas! Elas serão exigidas por mais quatro anos na medida em que, pelo andar da carroça, (me desculpe Collor de Mello!) o atual líder dos “aloprados”, aquele que nunca vê nada, que nada ouve, que nada sabe, será reeleito no domingo próximo. E olha que de cara - no primeiro turno. Se for diferente é porque a reza foi forte, amém! A despeito de TODAS as irregularidades, de TODAS as ilegalidades, de TODAS as atividades de corrupção e favorecimentos com o uso do NOSSO dinheiro, ‘elle’ será confirmado no poder por mais longos e tenebrosos 1.460 dias. Tempo suficiente para o retorno dos Dirceus da vida, dos tesoureiros, dos chefes de campanha, dos “líderes” do PT, dos donos da publicidade oficial, dos churrasqueiros, dos vendedores de ambulâncias, das ongs apadrinhadas, dos assessores da presidência e negociatas em quartinhos de hotéis, das malas e cuecas voadoras cheias de dólares, das conexões temerárias com o submundo, das relações de “amizade” com o arruaceiro mor boliviano - a custo da segurança estratégica do Brasil -, das articulações e artimanhas para permanecer no poder por mais outra temporada além da segunda que está prestes a iniciar ( resta saber como - um caixa 3 talvez com “ajustes” nas regras para 2010?). As estatísticas apontam mais de sete milhões de votos de diferença a favor do “chefão”. São votos a favor delle e contra a ética, contra a responsabilidade, contra a limpidez, contra lealdade, contra a verdade, contra a honestidade, contra a dignidade, contra o Brasil. Mais quatro anos ‘delle’ e seus “companheiros”. De nossa parte resta manter os olhos abertos e gastar um tempo (muito tempo) fiscalizando as ações governamentais e dos que acreditam que poderão continuar com as bocas nas tetas do Estado, mamando livremente nessas próximas 208 semanas. Tarefa árdua, sabemos. Tivemos, até o presente momento, uma boa idéia do que nos aguarda sob a 'regência' desse “intelectual” que administra (?) o país com a batuta dos seus interesses pessoais em uma mão e um copo de 51 na outra. Até quando vamos continuar fingindo que isso é democracia? Até quando manteremos o silêncio frente ao cinismo e descontrole que se instalaram no poder? Até quando usaremos belas e “educadas” palavras, com notas de rodapé, para mostrar uma indignação que não resiste a duas rodas de chopp numa esquina qualquer? Sobre o Brasil, já refletimos e fizemos análises nos últimos 500 anos. Podemos continuar assim pelos próximos 500 mas garanto que, muito antes disso – muito antes mesmo! – a bandeira que tremulará no pavilhão nacional em Brasília não será mais verde e amarela. Le Cuisinier.

Para Que servem Os Políticos?

A pergunta, mesmo carregada de um tom jocoso, é séria! PARA QUE SERVEM OS POLÍTICOS? Em que esses senhores e senhoras, que atuam há séculos nessas terras, melhoraram as nossas vidas ou nos ajudaram a sermos mais felizes? Se em itens fundamentais e essenciais - ao menos para parcela significaticava da população - tais como EDUCAÇÃO, SAÚDE, MORADIA, TRANSPORTE URBANO, TRABALHO, SEGURANÇA e MEIO AMBIENTE essas "criaturas" simplesmente não atuam minimamente, para que servem? Qual o significado desses "seres" aos quais PAGAMOS ALTÍSSIMOS SALÁRIOS, além de benefícios que nenhum de nós têm e nunca teremos ( não com as facilidades que DAMOS à eles): moradia gratuíta, carros, combustível, dinheiro para roupas, dezenas de funcionários igualmente com altos salários, passagens aéreas para todo canto, viagens ao exterior com tudo pago, comida, telefones, computadores... Por quê elegemos essas pessoas, que estão lá não por você ou por mim ou por nossos filhos ou por que amam o BRASIL, mas porque estar lá dá à eles um PODER que é nosso e que não exercemos plenamente. Estão lá pelo poder, pelo prestígio e pelo acesso FÁCIL ao dinheiro público oriundo dos impostos estratoféricos que pagamos todos os dias. Estão lá não porque é uma tribuna onde os interesses da Nação são postos e defendidos para o bem de todos, mas porque para eles é um grande e maravilhoso BALCÃO DE NEGÓCIOS. Negócios que os tornarão mais ricos e influentes! Articulam pelos corredores e gabinetes não a defesa dos direitos da população e do país mas como agilizar e garantir os LUCROS nas negociatas que farão. Tudo é uma boa oportunidade: concessões de TV, rádios, compra de ambulâncias, equipamentos para escolas ou hospitais, construção de estradas, reformas em palácios, compra de aviões, radares ou até mesmo prosaicos cadernos e livros. Se for publicidade oficial então... nossa! Grande oportunidade de trocar o carro e fazer caixa para a próxima campanha eleitoral! O mais absurdo nisso tudo é que somos nós que os colocamos lá! Com o nosso voto! Não está na hora de mudarmos? De buscarmos com VONTADE, FORÇA e ORGANIZAÇÃO, pelos nossos meios, cuidar mais carinhosamente do que é nosso? Séculos de descaso deles, são mais que reveladores da "qualidade" dos representantes (?) que escolhemos. Chegam ao poder, em qualquer esfera, e são tragados e cooptados pelos esquemas instalados e bem articulados que transformam o bem público em bens particulares. Não oferecem a menor resistência, pois, não é isso mesmo que buscavam freneticamente alcançar com a ajuda do nosso VOTO? Enquanto nossas crianças são mortas violentamente aos milhares Brasil afora, milhões vivem miseravelmente e nossos velhos morrem nas portas dos hospitais, eles, os políticos, os "nossos políticos", tomam café em Paris ou jantam em restaurantes caríssimos em Nova York pagando as contas com o suor do brasileiro trabalhador! Para que nos servem os políticos então?
Le Cuisinier.

Um Coração Civil Vivo.

Quero a utopia, Quero tudo e mais. Quero a felicidade nos olhos de um pai. Quero a alegria muita gente feliz. Quero que a justiça reine em meu país. Quero a liberdade, quero o vinho e o pão. Quero ser amizade, quero amor, prazer. Quero nossa cidade sempre ensolarada. Os meninos e o povo no poder, eu quero ver. São José da Costa Rica, coração civil. Me inspire no meu sonho de amor Brasil. Se o poeta é o que sonha o que vai ser real, Bom sonhar coisas boas que o homem faz, E esperar pelos frutos no quintal. Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder ? Viva a preguiça viva a malícia que só a gente é que sabe ter. Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida, Eu viver bem melhor, Doido pra ver o meu sonho teimoso, Um dia se realizar. Milton Nascimento e Fernado Brant. brasildigno@yahoo.com.br Foto: by Carf - Mundo Uno.

BRASIL DIGNO.

Seguem aqui abaixo, as transcrições de textos postados no Brasil Digno. A princípio achei que pudessem ficar "fora de lugar" mas pelo andar da carruagem desse início de segundo "governo"Lula" e do Congresso, estão bastantes atuais; é só mudar as datas para HOJE e verão que não me engano ao fazer tal afirmação.
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Para esse menino e outros milhões de brasileiros, quando chegará o progresso?
Assisti dois debates nos últimos dias em função das eleições de 2006. Um, com candidatos à presidência da república. O outro, com os postulantes ao governo do Estado do Rio de Janeiro. Tenho acompanhado também, boquiaberto, a campanha política obrigatória e as declarações feitas em entrevistas e comícios por Alckmin, Luiz Inácio e Sérgio Cabral - o trio calafrio - e por uma enorme quantidade de parlamentares e "afiliados" que apoiam uma corrente ou outra. O sumo, o que resta após horas de vai lá - vem cá entre os candidatos, é a certeza de que estamos perdidos se tivermos que contar com essa gente. E quando digo essa gente, refiro-me a esses "políticos" moldados no mesmo barro que deu origem a criaturas como Maluf, Garotinho, PC Farias, Fernando Collor de Mello, Rosinha Garotinho, Jader Barbalho, para lembrar só alguns; alguns dos MUITOS da mesma estirpe, e que Brasil afora, pedem o nosso voto e "juram" amor eterno ao serviço público. Esses políticos são arrogantes, impermeáveis ao sofrimento de nossa gente, sobretudo de nossas crianças e jovens. Tagarelam e matraqueiam sem parar sobre o que vão fazer ou sobre o que não fizeram seus oponentes. Delineiam, em seu falatório, os rumos do Estado e do país partindo de uma cegueira peculiar que afeta esses senhores e senhoras. Amam mais seus interesses particulares e os cofres públicos, do que àqueles a quem prometem mundos e fundos na luta por mais um voto, e através dele, acesso ou permanência no poder. São sorridentes, simpáticos, amorosos e caridosos enquanto em campanha, ou diante das luzes e flashs da mídia, mas não estendem a mão para à Nação. Não ouvem os apelos gritados dos miseráveis, não enxergam a dura e trágica realidade que se abate sobre mais de cem milhões de brasileiros. Quando estão em seus gabinetes com tapetes persas, ou em seus carros blindados com ar condicionado e música suave, ou em "reuniões" em restaurantes caríssimos, são "tele transportados" para um mundo que não é o mesmo que vivem os brasileiros no seu dia-a-dia. E nessa realidade virtual construída, ficam ocupados demais. Ocupados demais com as artimanhas do "é dando que se recebe"; ocupados demais com os cabos de guerra entre eles mesmos na luta pela sustentação e consolidação de suas ambições políticas; ocupados demais em tecer as tramas do poder. De um tipo de poder que não é o que lhes dá a possibilidade e capacidade de REALIZAR as funções para as quais foram eleitos. Mas, ao contrário, se dedicam com afinco na estruturação de um poder que os habilitam a realizar os seus mais baixos anseios de dinheiro, fama e domínio. Nos falam do Brasil como sendo de TODOS nós, mas pensam e agem no Brasil como sendo deles, território particular, colônia de extração de riquezas em benefício próprio. São estéreis aos apelos de socorro que vem da população brasileira - de todos os cantos, recantos e rincões - por uma justiça mais igualitária e eficaz, por mais saúde, por educação de qualidade e acessível, por uma polícia parceira, democrática e eficiente, por mais trabalho, por mais cultura, por uma melhor distribuição de renda, por impostos mais justos e equilibrados e por uma "máquina estatal" que utilize, responsavelmente e em bebefícios da nação, os bilhões de reais oriundos desses mesmos impostos, pagos com o labor árduo do povo brasileiro, e dos que aqui escolheram para trabalhar, estudar e viver. Estamos perdidos se tivermos que contar com essa gente, com essa casta de 'coronéis' reeditados com cara de bons moços ou a capa de pais afetuosos e interessados em trabalhar pelo bem público. Apresentam-se como servidores da pátria mas a sugam até o último suspiro, se permitirmos que o façam. Isso nos impõe uma reflexão: a necessidade, que temos, de definir um novo caminho e a urgência de efetivar ações que, concretamente, nos permitam trafegar em outro patamar, que nos possibilite alavancar a nossa sociedade e a nação para a realização de nossos anseios e desejos fundamentais. Essa é uma tarefa inadiável e a qual temos que dar curso já. Um bom começo é manter uma intensa fiscalização dos políticos que estão sendo eleitos e reeleitos agora. Sobretudo aqueles que, sabemos, foram moldados, formados e forjados com a argamassa da mentira, da deslealdade e da corrupção. "Eu quero terra, fogo, pão, mar, livros, pátria para todos"(1) e que o Brasil não durma mais amontoado em becos imundos, ou sob as marquises de prédios comerciais, ou nos cantos escuros das praças urbanas, ou nos presídios super lotados, ou nos lixões, ou nas escolas abandonadas. Esse Brasil sem rosto, coberto com a bandeira invisível da desesperança e do desamor, os políticos fazem questão de não ver. Nós não podemos fazer o mesmo que eles!
Le Cuisinier. . (1) Pablo Neruda

segunda-feira, março 12, 2007

Lendo os Homens.

Lendo as Mulheres.

Tell Me Where You're Going - SIlje Nergaard.

Leituras II

Livros nas Ruas!

quinta-feira, março 08, 2007

Todo Dia é Dia da Mulher.

Postagem temporária!

Sica, dei muitas risadas com esse vídeo porque somos nós no banho!!! Será que todo homem e mulher se comportam assim no banho? rsrs

quinta-feira, março 01, 2007

Vamos Dançar...

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